Se está a pensar adicionar um membro de quatro patas à sua
família, faça-o de forma consciente e humana: em vez de gastar dinheiro num
animal “de raça”, experimente ir ao canil municipal da sua área de residência,
ou a uma associação de protecção de animais; lá, poderá encontrar um amigo para
a vida que foi, em tempos e muito infelizmente, descartado como se fosse lixo.
A adopção de animais
adultos é menos frequente do que deveria, porque muitos dos potenciais
adoptantes temem deparar-se com um animal traumatizado, pouco sociável ou
simplesmente sem capacidade de adaptação à vida numa nova família, o que não é
necessariamente verdade. Aliás, é prática comum nas associações de protecção
animal fazer a distinção entre adoptáveis e não adoptáveis, já com base nesses
critérios e, precisamente, para evitar situações de devolução do animal que
são, acima de tudo, traumatizantes para o mesmo. Entretanto, seja por falta de
recursos ou mesmo por imposições legais, muitos destes animais adultos, ainda
que saudáveis e capazes de nos oferecer o seu amor durante muitos anos, acabam
por ser abatidos.
Por outro lado, a demanda por animais bebés e
da raça x ou y é crescente, o que deixa à vista a pobreza de espírito de quem
opta por comprar ao invés de adoptar. Não quero com isto dizer que os animais
de raça são menos merecedores do nosso amor, e sim que o facto de haver um
nicho de mercado dedicado à comercialização de animais só vem reforçar a ideia
de que estes são bens de consumo e ostentação, e não seres vivos, sencientes e
capazes de sentir emoções. Além disso, ao existir esta procura, há, obviamente,
uma “produção” que contribui largamente para a sobrepopulação – e esta, por sua
vez, tem como trágico desfecho o abate.
Seja consciente: não
compre, e, sobretudo, NÃO ABANDONE os seus amigos de quatro patas!
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